domingo, 25 de maio de 2014
Aqui, aconteceu recentemente. Pela primeira vez, minha pequena, com apenas 4 anos, fez sua primeira viagem “sozinha”, ou melhor, sem a minha companhia e a do papai. Seguiu rumo ao interior de São Paulo, com o vovô, a vovó e a tia, onde passou quatro looongos dias. O destino já é um velho conhecido nosso e as companhias não poderiam ser melhores, mas ainda assim a decisão de deixa-la ir não foi tarefa fácil.  
 
Com a chegada do irmãozinho, por mais que nos esforçamos, naturalmente, ela perdeu um pouco da nossa atenção, que antes era sua exclusivamente. Nossa pequena adora “bater perna”, mas precisou junto com toda a família deixar os passeios um pouco de lado, pelo menos por um período, até que o bebê cresça um pouquinho mais.  
 
E mesmo se mostrando muito compreensiva com todas as mudanças percebemos que ela estava precisando sair um pouco da atmosfera de cuidados que se forma em torno do bebê e respirar outros ares.
 
E esse foi um dos motivadores que nos fez entender que seria bom ela sair um pouco, mesmo que desta vez não pudéssemos acompanhá-la.


Também contou a favor a vontade que ela já estava, havia meses, de voltar ao sítio. Ela simplesmente adora aquele lugar, os bichos, passear nas cidades vizinhas, os parentes e amigos que fez lá.

Assim ela seguiu viagem. Por aqui, ficamos administrando a saudade, mas tranquilos porque sabíamos que ela estava feliz e com pessoas que ela ama e confia. 

Ela viveu quatro dias muito divertidos. Também conseguiu administrar, como uma verdadeira mocinha, a saudade que sempre sente quando está distante de quem convive. À noite não chorou pedindo nossa presença ou protestando para voltar, como de costume, quando está fora de casa e quando a saudade apertou mesmo já era a hora de voltar. Enfim, deu tudo certo!

Foi uma experiência nova e muito boa para todos nós, mas para tentar garantir que tudo corresse bem, tomamos algumas precauções:


  • Começamos a abordar a viagem com ela dias antes, colocando de maneira sincera os pontos positivos e negativos;
  • Fizemos com que ela entendesse que uma vez a decisão tomada, não teria como voltar atrás, principalmente pela distância, e mostramos como ela poderia administrar os conflitos emocionais: como a saudade; a possibilidade de ir, mas querer voltar ou vice-versa;
  • Nós nos comprometemos a ligar para ela todos os dias. E mesmo que ela estivesse brincando e não quisesse conversar naquele momento, demonstramos a nossa preocupação com ela e que estávamos de certa forma presentes;
  • Deixamos que ela nos ajudasse a arrumar a bagagem dela e isso deu a ela outra oportunidade para repensar o assunto e ver que a viagem começava a se concretizar ali. Também a deixamos à vontade para escolher alguns brinquedos e livros preferidos para levar;
  • Toda a rotina dela em casa na hora de dormir, comer, brincar e com higiene foi repassada com a avó;
  • Combinamos também com os avós que ela sairia de casa bem acordada, mesmo que fosse de madrugada, como aconteceu. Assim evitaríamos surpresa quando ela acordasse no meio do caminho.

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Quem somos

Este blog foi inspirado em nossos passeios e viagens em família. “Pacotinho” é uma referência carinhosa aos pequenos companheiros de “bordo”, que assim como a nossa pequena Aline, deixam as viagens ainda mais divertidas!

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